quinta-feira, 26 de agosto de 2010

relato sobre algo feliz


Depois de uma temporada de intenso frio, e pessoas já acostumadas com as tensões naturais do recolhimento, aquele dia de sol parece quase um acordar de profundo sono.
Nenhuma oportunidade seria tão cabida para refletir sobre a cooperação, do que essa. São momentos em que tudo conspira, coopera naturalmente.
Mas, para perceber o que cada momento nos trás em sua essência, há a escolha... a própria escolha de perceber, de ter consigo os remos e remar.
Remando para o Lar Rogate fomos, e para nos certificar ainda mais da natural cooperação, até encontramos ovelhas e um belo arborizado campo multicolor. Aquela voz suave nos diz, nem tudo é sonho, nem tudo é realidade...
Na cooperação, há dança, há cadeiras, a dança das cadeiras é a nova brincadeira, que não tira lugar de alguém, mas dispõe estar no seu lugar e ver...enxergar. Há lugar para todos, em qualquer lugar.
O campo arborizado lá fora, toca aqui dentro como numa sinfonia de harmoniosa cooperação, nos lembra ainda mais de que tudo está inter-ligado. O toque é o apelo do recém nascido, é o apelo do violão, é o apelo do teclado, é o apelo dos remos pelo mar, e do mar pelos remos. Ahh, isso sim é movimento.
Para onde se quer chegar, basta mais que apenas remar, basta apenas amar. E de amor somos. Feitos toque, visão, olfato, paladar e audição nessa dança cooperação que sussurra a existência do outro em mim, em ti, em nós.
O aqui dentro é. Lá fora, árvores balançam no ar, a circular na dança ancestral. Como circular é o vento de leva, e trás a chuva com a necessidade de remar mais. Segurar firme nos remos, os conservar. Ter consigo, A certeza, de que depois da tempestade é ela que sobra, é ela o que conservo na condição do destino, ser servo.
                                                                                              Texto para nosso encontro do curso de Cultura da Cooperação
www.coiris.com.br


Nenhum comentário:

Postar um comentário