quarta-feira, 14 de outubro de 2009

entreportas

Apaixonei-me pelas palavras... ...Lendo amigos antigos, de repente quase, por um instante, desconheci-me. Ou, desconhecia-me, em algum passado ao lado... De onde me encontro agora, posso ver quase toda minha vida, ...toda a vida, se produzindo no agora, pra eternidade. parece, que acordei de um sonho bom, um sonho de risos e festas, ...e aquilo, o que ainda é, transformou-se de súbito na imagem do reflexo. a construção, a distância, o nada.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

paradigmas existenciais

Quando nos colocamos em uma posição de presentes na estrutura dinâmica, como seres que estão a frente a tela em branco, com o pincel e tinta na mão, dispostos e confiantes que podemos pintar o melhor quadro, melhor em nossa concepção de melhor. Somo sinceros conosco, agimos em prol de nosso melhor, ou da concepção do que é melhor. Concepção, conceito ação. Interfiro na realidade, porque me sinto disposto e confiante, confiante da concepção do melhor. Interfiro, porque constato que algo não está bom o bastante, que minha interferência, na concepção do que pode melhorar, insere a verdade naquele momento. Interfiro porque estou presente, consciente da realidade que se coloca a frente, a tela em branco. Consciente do inconcluso, inacabado, enxergo o em branco. Interfiro, porque a realidade que se apresenta, em branco me pertuba. Conflitua com a concepção que construi até aquele momento. Interfiro, quando me faço parte da construção da realidade, também, quando permito que seja um agente, parte do processo. Permito-me intervir na inércia, quando assumo a permissão. Na inércia permitida por mim próprio. Sou interventor da realidade, decido e permito. Quando intervenho na realidade, como um eu e um outro ao mesmo tempo, desconstruo o individualismo, a violência. Intervenho, como passo para o melhoramento, do eu e do outro. Negar o outro, na ascensão, no melhoramento, é negar ao eu. Anular a existência, própria, de si. Essa posição gera sofrimento, como a representação do não desejo, do não querer, da não vontade própria do si, como algo que não permito. O sofrimento do outro, é sofrimento quando permito que seja. Quando permito, assumo, decido, opto. Intervenho na realidade, sou presente com o outro, junto. Quando assumo o sofrimento do outro, assumo a existência, do outro, do eu. Assumo e posiciono-me, sou, com o pincel e a tinta, frente à tela em branco. Assumir a presença, como a impossibilidade de não assumir a não presença, quando assumo a não presença, o não assumir, ainda decido, assumir o não assumir. Quando?